Nanomateriais Funcionais (NP) apresentam características físico-químicas que podem interferir com Sistemas Biológicos de diversas naturezas. Normalmente essas interferências se expressam na forma de efeitos tóxicos ao induzir desestabilizações estruturais e/ou funcionais de macromoléculas pela produção de compostos reativos. Em saúde humana/animal essa ação destrutiva pode ser vantajosa na medida em que se almeja eliminar agentes patogênicos ou combater doenças neoplásicas. Mas por outro lado, a liberação dessas NPs no meio ambiente pode trazer riscos consideráveis aos ecossistemas. A avaliação toxicológica de nanomateriais (nanotoxicologia) não é uma tarefa trivial pois, em função da sua natureza corpuscular, a diluição equitativa do agente no meio se torna um desafio. Em nanotoxicologia, dependendo dos objetivos, os testes toxicológicos podem ser realizados in vitro ou in vivo. Os testes in vitro normalmente utilizam microrganismos de diversas naturezas, células de linhagem humanas/ou animais, neoplásicas ou normais, primárias ou não, cultivadas em monocamadas ou em culturas tridimensionais. Normalmente, os aspectos avaliados ficam restritos a capacidade de sobrevivência do organismo unicelular. Por outro lado, a utilização de organismos complexos, com diversas fases de desenvolvimento (estágio embrionário, adulto) pode avaliar aspectos de toxicidade que afetam não só a capacidade de sobrevicência, mas também, as interações que coordenam o desenvolvimento saudável ou que permitem a funcionalidade normal dos órgãos e sistemas. Para isso, os testes in vivo, empregam animais para avaliar aspectos específicos de toxicidade tais como: embriotoxicidade, genotoxicidade, hepatotoxicidade, cardiotoxicidade, imunotoxicidade e etc. Dentre os modelos animais mais utilizados, pode-se apontar os modelos murinos (camundongos) e mais recentemente, despontando como uma excelente alternativa, o modelo de peixe zebrafish (Danio rerio).