Transferir as tecnologias geradas nos laboratórios das universidades para as empresas, visando a geração de produtos ainda é um grande desafio no Brasil. O Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um dos CEPIDs da FAPESP, mantém uma incubadora de novas empresas que surgem a partir das pesquisas que são desenvolvidas na universidade. Uma dessas empresas estuda atualmente receptores de baixo custo para captar energia solar.
Uma empresa que nasceu a partir de um grupo de pesquisa na universidade é chamada de spin-off. Sob orientação do professor Edson Leite, a n-Chemi, uma das spin-offs incubadas no CDMF, vem desenvolvendo nanopartículas que são utilizadas como coletores de elétrons, tecnologia promissora que pode ser aplicada em receptores de energia solar.
A pesquisa está sendo desenvolvida em parceria com a CSEM Brasil, empresa com sede no Brasil e na Suíça. A CSEM tem uma forte característica em inovação, transformando tecnologias de ponta em produtos e serviços, valorizando a cooperação internacional em pesquisa.
A parceria entre as duas empresas está adiantando os estudos na área de eletrônica orgânica e impressa, que consiste em uma tecnologia que conjuga materiais orgânicos e técnicas de impressão para uma produção de eletrônica de baixo custo.
O processo industrial de impressão de células fotovoltaicas orgânicas em substrato leve, flexível e transparente é indicado a locais e situações onde não é possível, ou economicamente viável, a utilização de células tradicionais, sendo uma alternativa viável para a produção de receptores de energia solar.
A n-Chemi conta com recurso FAPESP (PIPE 2015/15921-0) para desenvolver o projeto e com o suporte técnico e científico do CDMF. A n-Chemi é a primeira empresa a utilizar os serviços do Núcleo de Inovação (NI) do CDMF, inaugurado recentemente.