No último dia 01/12/2016, no Instituto de Física de São Carlos, Universidade de São Paulo, ocorreu a defesa da tese de doutorado da pesquisadora Ariadne Cristina Catto, orientada pelo Professor Valmor Roberto Mastelaro, coordenador do Grupo de Pesquisa Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos (CCMC/IFSC/USP) e um dos líderes da linha de pesquisa “Meio Ambiente” do CDMF.
A tese intitulada “Síntese e caracterização de filmes finos e espessos de ZnO: aplicação como sensores de gás” contou com a presença dos seguintes professores como banca: Prof. Antonio Ricardo Zanatta (IFSC/USP), Dr. Santiago José Alejandro Figueroa (LNLS/Campinas), Prof. Waldir Avansi Jr. (UFSCar/São Carlos) e Prof. Marcelo Ornaghi Orlandi (UNESP/Araraquara) também líder da linhas de pesquisa “Meio Ambiente” do CDMF em colaboração com o Prof. Valmor, que presidiu a defesa.
A pesquisa de Catto foi desenvolvida no Grupo de Pesquisa Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos, um dos grupos membros do CDMF. A investigação realizada pela Dra. Ariadne consistiu em sintetizar filmes espessos de óxidos de zinco (ZnO) utilizando diferentes técnicas (Pechini, Hidrotermal e Sputtering), além de estudar o efeito da adição de cobalto sobre a performance dos dispositivos sensores.
Catto esclareceu que embora exista uma quantidade significativa de trabalhos sobre o óxido de zinco aplicado como sensor de gás, alguns aspectos como o aumento da sensibilidade e da seletividade em relação a certos tipos de gases e sua utilização em uma temperatura próxima à temperatura ambiente, continuam sendo desafios a serem superados. A pesquisadora ainda explicou sobre o seu trabalho: “Uma das principais propriedades dos sensores consiste na detecção de gases de forma seletiva, por isso é de suma importância o estudo do material para diferentes tipos de gases. Atualmente, em nosso grupo de pesquisa temos a possibilidade de estudar as propriedades sensoras do óxido de zinco quando expostos a diferentes gases como o ozônio, etanol, acetona”, observou.
A pesquisadora também ressaltou em sua exposição que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), níveis de Ozônio maiores que 0,12 ppm (partes por milhão) podem causar irritações nos olhos bem como sérios problemas nas vias respiratórias, como edema pulmonar. Dessa maneira, o estudo que desenvolveu apresenta grande relevância do ponto de vista ambiental e humano, um dos focos de atuação e pesquisas do CDMF na linha de pesquisa “Meio Ambiente”.
A Dra. Ariadne continuará seu trabalho de investigação nesta temática com a supervisão de pós-doutorado do Prof. Elson Longo (Diretor do CDMF) em colaboração com o Prof.Valmor Roberto Mastelaro e os demais pesquisadores do Grupo de Pesquisa Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos (CCMC/IFSC/USP).