Entre 2011 a 2013, os investimentos do governo federal em cooperação científica e tecnológica internacional totalizaram R$ 343 milhões, correspondentes ao custeio do trabalho de pesquisadores, à utilização de equipamentos de ponta e à manutenção de laboratórios no exterior. Os dados fazem parte do relatório da Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento Internacional (Cobradi) para o período 2011-2013, apresentado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O documento destacou a cooperação científica e tecnológica, bem como a ajuda humanitária, como as áreas de maior investimento da Cobradi. No que se refere às contribuições feitas aos organismos internacionais nesses três anos, foram gastos um total R$ 2,8 bilhões. Ao se considerar as atividades da cooperação propriamente dita, os gastos com ciência e tecnologia e cooperação humanitária destacam-se, com uma participação de 13% (cada uma delas) do total geral.
De acordo com editor do relatório Cobradi, o pesquisador do Ipea João Brígido Bezerra Lima, o Brasil inova a cada edição do relatório e tem acumulado experiência sem precedentes na América Latina e no hemisfério sul. “Na qualidade de representante do Sul, o País tem chamado a atenção de estudiosos do mundo todo, ávidos, justamente, por releituras e novos sentidos para a cooperação internacional”, destacou o técnico.
“Este é um relatório muito importante, como elemento de informação, com dados fundamentais para a compreensão da cooperação técnica prestada e recebida pelo Brasil e como componente de reflexão sobre esta área que é instrumental e essencial para a afirmação do interesse nacional e para a política externa brasileira”, observou o diretor de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais do Ipea, embaixador Sérgio Florêncio.
A cooperação internacional é parte integrante das relações internacionais, com efeitos sobre o cotidiano das pessoas (telecomunicações, aviação civil, transporte, serviços postais, comércio, defesa e segurança, meio ambiente, direitos humanos, saúde, educação, justiça, entre outros temas). No Brasil, são 95 as organizações que atuam em cinco modalidades básicas: cooperação técnica, cooperação científica e tecnológica, concessão de bolsas (cooperação educacional), proteção e apoio a refugiados e participação em manutenção da paz.
Para mais informações, acesse o livro “Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento Internacional: 2011-2013” neste link.