A edição do mês de fevereiro da revista Fotografe Melhor deu destaque ao projeto de “Nanoarte” desenvolvido pelo Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
A reportagem, de autoria de André Ferreira, aborda a nanofotografia, técnica que funde ciência, tecnologia e fotografia digital, explicando como se dá o processo de captação de imagens de materiais em escala nanométrica, que são obtidas por intermédio de microscópios eletrônicos de alta precisão. O trabalho, que é desenvolvido sob supervisão artística do técnico em microscopia Rorivaldo de Camargo e do pesquisador do CDMF Ricardo Tranquilin, resulta na transformação de partículas 100 mil vezes menores que um fio de cabelo em arte.
Explorando o mundo de maneira microscópica, o principal objetivo da nanoarte é mostrar a face oculta dos materiais nanométricos e difundir, de forma artística, o conhecimento sobre materiais, suas múltiplas morfologias e propriedades. Durante o processo de coloração digital, pois as imagens originais são em branco e preto, surgem figuras semelhantes a objetos do cotidiano. Assim, os artistas criam uma nova imagem, transformando-a em arte e chamando a atenção para a ciência atual e seus meandros invisíveis.
As imagens de Nanoarte são elaboradas regularmente no CDMF, e já participaram de diversos concursos voltados para essa categoria, sendo premiadas e recebendo menções honrosas até mesmo no exterior. Além disso, essas obras já foram expostas em inúmeras cidades brasileiras e em outros países (EUA, Israel, Espanha e Romênia, por exemplo).
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CDMF
O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).
