Live aborda impactos da pandemia no trabalho e na vida de mulheres cientistas

Projeto “Quarentena ao Vivo” conversa com nesta sexta com Márcia Barbosa e Letícia de Oliveira

Acontece nesta sexta-feira (17/7) nova edição do projeto “Quarentena ao Vivo”, com o debate intitulado “Mulheres cientistas na pandemia: questões de gênero, estereótipos, desigualdades e diversidade”. A conversa, a partir das 18h30, contará com a participação de Márcia Cristina Bernardes Barbosa, física, docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e Letícia de Oliveira, pesquisadora na área de neurofisiologia, da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Márcia Cristina Bernardes Barbosa reflete e age no campo das questões de gênero desde o final da década de 1970, quando foi uma de oito mulheres a ingressar e a única a concluir o curso de graduação em Física. Em 1999, coordenou grupo de trabalho da União Internacional de Física Pura e Aplicada (Iupap), o que levou à realização, em 2002, da I Conferência Internacional de Mulheres na Física. Em 2013, recebeu o Prêmio L’Óreal-Unesco para Mulheres na Ciência e, recentemente, foi incluída em lista da ONU Mulheres de sete cientistas que moldaram o mundo, junto de Marie Curie e Katherine Johnson. É Diretora da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Letícia de Oliveira pesquisa, dentre outros temas, a interação entre emoção e atenção no cérebro humano e, por integrar também projeto de extensão sobre gênero na academia, participou de simpósios em Maternidade e Ciência que levaram à sua integração do movimento Parent in Science, que, há três anos, busca produzir e disseminar conhecimento sobre uma temática que, até então, não tinha visibilidade no meio científico. A pesquisadora assina, junto com colegas do movimento, artigo sobre o impacto da Covid-19 publicado em maio na revista Science. Oliveira também coordena, na UFF, grupo de trabalho sobre mulheres na ciência.

As convidadas falarão da situação específica das mulheres cientistas na pandemia e no contexto de distanciamento físico, mas também da presença feminina na ciência como um todo, em representatividade, discriminação e assédio, dentre outras questões associadas.

“Quarentena ao Vivo” é uma realização do Laboratório Aberto de Interatividade para a Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico (LAbI) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). As conversas são transmitidas pelas redes sociais do LAbI – Facebook e canal ClickCiência no YouTube –, sem necessidade de inscrição ou limite de vagas, e as pessoas participantes podem interagir com os convidados durante a live por meio de comentários nessas redes sociais.

O “Quarentena ao Vivo” é um desdobramento do podcast Quarentena, produzido pela equipe do LAbI e veiculado diariamente há quatro meses. Os projetos têm o apoio do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) e do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE), ambos centros de pesquisa vinculados à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Além do podcast, o LAbI também já produziu quase 100 vídeos de divulgação científica no contexto da pandemia, e toda essa produção pode ser conferida no site do Laboratório, em www.labi.ufscar.br.

CDMF

O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).

Sobre LAbI UFSCar 2918 Artigos
O Laboratório Aberto de Interatividade para Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico (LAbI), vinculado à Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), é voltado à prática da divulgação científica pautada na interatividade; nas relações entre Ciência, Arte e Tecnologia.