Pesquisadores do CDMF e da UJI investigam novas partículas de prata e seus efeitos microbicidas

Pesquisas desenvolvidas são resultado de parceria de longa data em Ciência e Tecnologia

Pesquisadores do CDMF e da UJI em atividade na Espanha. Em primeiro plano Juan Andres e Camila Foggi.

Pesquisadores do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) e da Universitat Jaume I (UJI) na Espanha, continuam desenvolvendo em parceria uma série de pesquisas relacionadas ao alpha tungstato de prata (α-Ag2WO4) já apresentando novos resultados que em breve deverão ser submetidos para publicação em periódicos internacionais.

Atualmente, a equipe em atividade na Espanha, liderada pelo pesquisador Juan Andres, professor da UJI, tem se focado na compreensão da formação dos defeitos de vacância em amostras de α-Ag2WO4 sintetizadas em dois diferentes meios — aquoso e etílico — , e, posteriormente, submetidas à irradiação por feixes de elétrons em diferentes tipos de exposição.

Os materiais obtidos tem sido analisados com a utilização de cálculos da mecânica quântica de modo a permitir uma compreensão mais aprofundada sobre a natureza geométrica e eletrônica dos defeitos de vacância nas amostras de α-Ag2WO4.

O primeiros resultados revelaram que as estruturas dos defeitos das amostras sintetizadas em meio etílico apresentam uma maior complexidade em relação ao material obtido em meio aquoso. Apesar disso, os dois tipos de material apresentam defeitos que envolvem a vacância de prata (Ag) aumentando de acordo com o tempo de irradiação por elétrons. Taís propriedades concedem aos a esses materiais uma alta capacidade de eliminação de microrganismos.

A pesquisadora Camila Foggi, pós-doutoranda no CDMF, após um longo período de atividade na UJI, retorna agora ao Brasil para conduzir testes sobre a ação de partículas de α-Ag2WO4 — obtidas pelos dois métodos e irradiadas com laser femtosegundo — contra o SARS-CoV-2, o novo coronavírus causador da COVID-19

CDMF

O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).

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