Pesquisadores, estudantes e trabalhadores falam sobre Política Nacional de Saúde Mental em risco

Nesta quarta-feira (16/12), às 18h30, “Quarentena ao Vivo” recebe integrantes do grupo Saúde Mental em Ação da UFSCar

Acontece nesta quarta-feira (16/12), às 18h30, a edição de encerramento do projeto “Quarentena ao Vivo” em 2020, com o debate intitulado “Saúde Mental no SUS: modelos, conquistas e ameaças”. A conversa é uma parceria com as atividades de extensão “Saúde Mental em Ação” e “InformaSUS – Comunicação Social e Científica para Democratização da Ciência” da UFSCar.

O debate acontece com o objetivo de apresentar a Política Nacional de Saúde Mental, a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e o modelo de assistência que subsidia estas e outras conquistas da luta antimanicomial e do processo de reforma psiquiátrica iniciado ainda na década de 1970 no Brasil. Esse modelo vem sendo reorientado e sofrendo ataques há alguns anos e, no último dia 3, foi apresentada pelo Ministério da Saúde uma proposta profunda de revisão que será votada nesta quinta-feira (17). Diante dessas ameaças, foi formada uma Frente Ampliada em Defesa da Saúde Mental, da Reforma Psiquiátrica Brasileira e da Luta Antimanicomial, que integra usuários da RAPS, trabalhadores, gestores, conselheiros de Saúde e, também, a comunidade acadêmica da área.

Assim, nesta edição de “Quarentena ao Vivo”, o objetivo principal é compartilhar com o público informações detalhadas sobre o modelo vigente e suas diferenças em relação ao modelo que coloca o profissional de Medicina e a internação hospitalar no centro da assistência em Saúde Mental, além de, atualmente, incentivar as chamadas Comunidades Terapêuticas. Também será abordado como as pesquisas, a produção de conhecimento e as parcerias entre universidades e serviços de Saúde mostram as vantagens de um modelo em relação ao outro.

Participam da conversa as docentes da UFSCar Maria de Jesus Dutra dos Reis, do Departamento de Psicologia, e Sabrina Ferigato, do Departamento de Terapia Ocupacional; Karina Antonialli, psiquiatra graduada pela UFSCar e estudante de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Gestão da Clínica da Universidade; Fernanda Vieira, terapeuta ocupacional atuante na RAPS e mestranda no Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional da UFSCar; e Marcos Tadeu Teixeira Regis, estudante de graduação em Psicologia na Instituição.

“Quarentena ao Vivo” é uma realização do Laboratório Aberto de Interatividade para a Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico (LAbI) da UFSCar. O projeto é um desdobramento do podcast Quarentena, produzido pela equipe do LAbI e veiculado diariamente há nove meses. As conversas do “Quarentena ao Vivo” são transmitidas pelas redes sociais do LAbI – Facebook e canal ClickCiência no YouTube –, sem necessidade de inscrição ou limite de vagas, e as pessoas participantes podem interagir com os convidados durante a live por meio de comentários nessas redes sociais.

“Quarentena” e “Quarentena ao Vivo” têm o apoio do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), fomentado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O LAbI também produziu uma grande quantidade de vídeos de divulgação científica no contexto da pandemia, e toda essa produção pode ser conferida no site do Laboratório, em www.labi.ufscar.br.

CDMF

O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).

Sobre LAbI UFSCar 2918 Artigos
O Laboratório Aberto de Interatividade para Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico (LAbI), vinculado à Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), é voltado à prática da divulgação científica pautada na interatividade; nas relações entre Ciência, Arte e Tecnologia.