O pós-doutorando do Instituto de Física de São Carlos (IFSC – USP) e integrante do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), Bruno Sanches de Lima, teve recentemente o artigo “Ozone detection in the ppt-level with rGO-ZnO based sensor” publicado no periódico científico Sensors and Actuators: B. Chemical.
O trabalho foi realizado durante o período de estágio de Lima na Universidade de Clermont Auvergne (UCA), em Clermon-Ferrand, na França. O principal objetivo do estudo é mostrar os efeitos benéficos da associação dos semicondutores de óxidos metálicos (SMOx) com o óxido de grafeno reduzido (rGO) sobre as propriedades de detecção de gases tóxicos.
De acordo com o pesquisador, o artigo apresenta uma abordagem inovadora para o desenvolvimento de rGO / SMOx visando aplicações no âmbito da detecção de gases. Isso porque o material nanocompósito exibiu uma área de superfície superior devido ao processo de redução a laser do óxido de grafeno. “É importante salientar que, através desse estudo, observamos que a camada de óxido de metal atua como um escudo ambiental para a camada rGO e permite que ela opere em altas temperaturas. Além disso, os nanocompósitos exibiram um limite de detecção 10 vezes menor que o ZnO puro para detecção de ozônio”, explica.
A metodologia aplicada durante a pesquisa consistiu em fazer uma junção entre o composto ZnO (tipo-n) com o Grafeno reduzido (rGO), do tipo-p. Lima ainda conta que o grupo de pesquisadores continua trabalhando nesta temática e que buscam o desenvolvimento de materiais sensores com uma melhor performance quanto a seletividade e temperatura de operação.
Também contribuíram com o trabalho publicado os pesquisadores Amanda Akemy Komorizono, Weverton Alison dos Santos Silva, Amadou Latyr Ndiaye, Jerome Brunet, Maria Inês Basso Bernardi e Valmor Roberto Mastelaro.
O artigo pode ser acessado no repositório do CDMF clicando AQUI.
CDMF
O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).
