Inserido no contexto dos dispositivos sensores de gases baseados em óxidos semicondutores, o artigo intitulado “Light-assisted ozone gas-sensing performance of SnO2 nanoparticles: Experimental and theoretical insights” foi recentemente publicado no periódico Sensors and Actuators Reports.
O estudo, que relata o potencial uso de nanoestruturas de SnO2 (dióxido de estanho) como dispositivos sensores fotoativados de gás ozônio, é derivado do Trabalho de Conclusão de Curso do aluno João Victor Nascimento de Palma, autor principal da publicação e recém formado no curso de bacharelado em Física da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Sob a orientação de Luís Fernando da Silva, docente do Departamento de Física (DF) da UFSCar, e pesquisador vinculado ao Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), Palma abordou em seu TCC o desenvolvimento de sensores de gases tóxicos operando em temperatura ambiente. Tradicionalmente, esses dispositivos sensores operam em temperaturas superiores a 150ºC, o que implica em um maior consumo de energia, além de tornar mais complexo o processo de fabricação das plataformas.
Dessa maneira, o trabalho publicado teve como objetivo a investigação experimental-teórica do desempenho do sensor de nanoestruturas de SnO2 fotoativadas por comprimentos de onda distintas quando expostas a baixas concentrações de gás ozônio (O3) (da ordem de ppb). A fotoativação, neste estudo, permitiu com que os sensores atuassem em temperaturas próximas do ambiente, o que tem sido um desafio na área de sensores de gás.
A publicação também contou com a colaboração dos pesquisadores Ariadne Cristina Catto, Marisa Carvalho, Renan A.P. Ribeiro e Márcio Daldin Teodoro.
O artigo pode ser acessado no repositório do CDMF clicando AQUI.
CDMF
O CDMF, sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).