O pesquisador Leandro Rocha, vinculado ao Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) e pós-doutorando no Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (DQ – UFSCar), ministrou na última sexta-feira (20) a palestra intitulada “Cerium oxide-based nanomaterials: multi-functionality towards life-threatening issues” na Universidad Nacional de Mar del Plata (UNMdP), onde está desenvolvendo alguns experimentos.
A apresentação foi destinada ao grupo coordenado por Sandra Churio, docente na Faculdade de Ciências Exatas da UNMdP. A palestra abordou a preparação de amostras de óxido semicondutor nanoestruturado, em particular quantum dots de óxido de cério puro (CeO2) e dopado com Lantânio, bem como estruturas híbridas constituídas de quantum dots de óxido de cério e celulose microcristalina visando aplicações frente à questões que ameaçam a vida, como no caso das intoxicações por monóxido de carbono (CO), bem como para eliminação do vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19.
Rocha apresentou ainda detalhes a respeito da preparação das amostras pelo método de síntese Hidrotermal Assistido por Microondas (HAM), perpassando por desafios futuros no quesito melhoria da propriedade sensora e na capacidade de “decoração” dos quantum-dots sobre as fibras de celulose a fim de garantir que as mesmas não se “descolem” da celulose ao serem aplicadas como material virucida.
Durante a sua estadia na UNMdP, o pesquisador está dando prosseguimento a sua pesquisa voltada para desenvolvimento de partículas de CeO2 dopadas com cobalto com a rota hidrotermal assistida por microondas em condições distintas. Rocha tem trabalhado na investigação dos seus comportamentos estruturais, morfológicos, espectroscópicos e elétricos, com o objetivo de correlacionar a modificação com Co, a introdução de defeitos e a capacidade de detecção visando auxiliar na mitigação de casos de intoxicação não intencional por CO.
CDMF
O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).