Nanox é selecionada para programa de internacionalização de startups brasileiras em Chicago
A Nanox, empresa brasileira de nanotecnologia apoiada pelo PIPE-FAPESP, está entre as 15 startups nacionais selecionadas pelo programa StarOut, na cidade de Chicago, nos Estados Unidos.
O programa busca a internacionalização de startups brasileiras, antes atuantes de modo isolado. Além de oferecer missões para um mercado-alvo, também prepara e acompanha as empresas no pré e pós-viagem. As organizações selecionadas apresentam soluções em diferentes setores, desde agtechs e biotechs até HRtechs, edtechs, gestão, eventos e marketing.
A Nanox foi selecionada na categoria de biotecnologias de grandes impactos na cadeia produtora de alimentos. Isso porque desenvolveu uma tecnologia aprovada por órgãos regulatórios norte-americanos que é capaz de dobrar a vida útil desses produtos com a utilização de antimicrobianos inorgânicos à base de prata.
“Nossa tecnologia vem cumprindo o papel de proteger a população contra patógenos. Um bom exemplo disso é a utilização da tecnologia oriunda da prata também durante a pandemia, o que foi essencial para ajudar a conter a propagação do SARS-CoV-2”, explicou Gustavo Simões, CEO da Nanox.
De acordo com o especialista, além de embalagens, a solução pode ser incorporada ou impregnada a uma ampla gama de materiais, como utilidades e utensílios domésticos e industriais, tecidos, tintas e vernizes, pisos laminados, entre outros. Além de combater bactérias e fungos nocivos à saúde e à conservação dos produtos, a tecnologia também possui propriedades capazes de inativar o SARS-CoV-2 a partir de dois minutos de contato (leia mais em https://pesquisaparainovacao.fapesp.br/1421).
“Desde 2009 exportamos para os Estados Unidos e, em 2016, iniciamos uma empresa no país. Com todo o desenvolvimento, a Nanox almeja marcar ainda mais presença no mercado norte americano com o Programa StartOut”, avalia Simões.
O programa é realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportadores e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com o Ministério da Economia, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).
Desde 2017, o programa já apoiou mais de 250 startups, gerou mais de US$ 24 milhões em negócios e realizou 13 ciclos em nove países, entre os quais Estados Unidos, França, Alemanha, Chile, Colômbia, China, Portugal, Canadá e Argentina.