O uso de lodo resultante de tratamento de água como insumo para argamassas é o tema de artigo escrito por pesquisadores do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais, publicado online no último dia 23 no Journal of the Brazilian Chemical Society.
Esse resíduo – composto por matéria orgânica e inorgânica, nos estados sólido e líquido, e com composição muito variável –, se descartado de forma irregular, pode causar ameaças ao meio ambiente, tais como redução do nível de oxigênio e aumento e do nível de alumínio em cursos d’água.
Nesse trabalho, os pesquisadores avaliaram as propriedades físicas e mecânicas do compósito cimentício e a resistência à corrosão de argamassas que utilizam o resíduo de lodo em substituição parcial da tradicional areia. Por medições eletroquímicas, foi observado que a resistência da argamassa não foi alterada pelo uso do resíduo. Observou-se também que o material torna o aço mais suscetível a corrosão, possivelmente por uma maior acidez na composição.
O artigo é assinado por Marina A.M. Rezende (UFSCar), Pedro P. Gromboni (UFSCar), Patricia G. Corradini (UFSCar e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense), Almir Sales (UFSCar) e Lucia H. Mascaro (UFSCar).
CDMF
O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).