Novo método pode facilitar obtenção de material para janelas eletrocrômicas

Artigo de pesquisadores do CDMF foi publicado no periódico Journal of Solid State Electrochemistry em outubro

Um artigo publicado em outubro por pesquisadores do CDMF descreveu a obtenção de nanobastões de bronze de sódio e tungstênio por meio de uma nova rota de síntese que utiliza apenas precipitação em solução aquosa ácida. O material pode ter aplicações variadas, incluindo o uso em janelas eletrocrômicas — ou seja, que mudam de cor em um processo reversível. A técnica para obtenção se mostrou rápida, simples e com baixo consumo de energia elétrica, além de não exigir equipamentos sofisticados, o que a torna vantajosa em comparação a outros métodos.

“Os bronzes são compostos de intercalação, eles envolvem a inserção de átomos em estruturas de materiais hospedeiros sem alterar significativamente a estrutura original”, explicou Tiago Almeida Martins, primeiro autor do artigo. Nesse estudo, o material hospedeiro é o trióxido de tungstênio (WO3) com estrutura cristalina hexagonal, e o átomo inserido em sua estrutura era de sódio. Além da síntese, o estudo testou o tratamento térmico de uma das amostras sintetizadas, que foi aquecida a 300°C por duas horas. O objetivo era retirar parte da água estrutural, o que aumentou a eficiência eletrocrômica do material.

“No futuro, o objetivo é otimizar o tamanho e as morfologias das nanopartículas do bronze de sódio e tungstênio para aumentar seu potencial de uso em áreas como tecnologia de janelas inteligentes, armazenamento de energia e dispositivos eletrônicos avançados”, contou Martins.

Além dele, assinam o artigo Roger Gonçalves, Luís Cabral, Thales Rafael Machado, Robert da Silva Paiva, Roman Alvarez Roca, Ernesto Chaves Pereira, Miguel A. San-Miguel, Edison Z. da Silva e Elson Longo.

CDMF

Com sede  na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e dirigido pelo Prof. Dr. Elson Longo, o CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).

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