Ivo M. Pinatti, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade Federal de São Carlos (PPGQ – UFSCar) e pesquisador no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), defendeu, no último dia 17 de agosto, sua tese “Estudo das Propriedades Estruturais, Ópticas e Fotoluminescentes do Sistema α-(Ag2-3x-yTRxLiy)WO4 (TR = Pr, Sm, Eu, Tb, Dy e Tm)” sob a orientação da professora Ieda L. Viana Rosa.
A banca contou com a participação de Tatiane Mazzo (Unifesp), Elaine C. Paris (EMPBRAPA), Ieda L. V.Rosa (UFSCar), Maximo Siu Li (USP) e Thales R. Machado (UFSCar).
Confira o resumo do trabalho:
Materiais luminescentes com diferentes cores de emissão são de grande interesse para o desenvolvimento de novos dispositivos ópticos ou mais eficientes. Embora muitos materiais tenham sido relatados usando vários artifícios, a síntese ecologicamente correta de fósforos nanométricos e com alta performance de cor ainda são muito limitados. A matriz de tungstato é considerada uma rede hospedeira ideal para dopantes, pois possui alta estabilidade térmica, química e física. Além disso, os compostos de prata podem ser um material excelente para aplicação biomédica devido à sua baixa toxicidade e propriedades bacteriostáticas, que por sua vez podem ser utilizados na área da saúde. O objetivo da pesquisa foi de investigar as propriedades estruturais, ópticas e fotoluminescentes do sistema α-(Ag2-3x-yTRxLiy)WO4 (TR = Pr, Sm, Eu, Tb, Dy e Tm) preparado pelo método de coprecipitação. Este procedimento experimental foi rápido, simples e eficiente para preparar esses materiais inorgânicos. As amostras foram investigadas por difração de raios X com análise de refinamento Rietveld, espectroscopias Raman e Ultravioleta-visível, e medidas de fotoluminescência. A morfologia foi analisada por Microscopia Eletrônica de Varredura e de Transmissão. A Espectroscopia fotoeletrônica de raios-X foi realizada para verificar a composição e detalhes superficiais. A fase dos nanocristais foi confirmada e as propriedades estruturais e ópticas mostraram-se dependentes dos íons terras raras e lítio. Os nanomateriais apresentaram excelente comportamento fotoluminescente devido à luminescência combinada da matriz e da terra rara sendo também dependente da Temperatura e da codopagem. A morfologia de nanobastões reforça as características de alinhamento preferencial, empacotamento denso e emissão direcional. Inspirados nas considerações acima, esses novos materiais podem apresentar novas aplicações e características superiores para compostos luminescentes, bem como para fins biológicos.