Elson Longo recebe condecoração da Ordem Nacional do Mérito Científico e Tecnológico

Condecoração é a mais alta honraria da ciência brasileira

Da esquerda para a direita: Edgar Dutra Zanotto, Vanderlei Bagnato, Elson Longo e Glaucius Oliva

O Professor Emérito da UFSCar, Elson Longo, diretor do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), recebeu a outorga da Ordem Nacional do Mérito Científico e Tecnológico, em cerimônia realizada nessa quarta-feira (17), no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília (DF), para a condecoração de 85 pesquisadores, professores, dirigentes de entidades e outros promotores do conhecimento.  Esta é a mais alta honraria concedida pelo poder público a personalidades nacionais e internacionais que contribuíram para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação no Brasil. A premiação foi concedida pelo Governo Federal, por intermédio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

Elson Longo da Silva ingressou na UFSCar em 1971. Aposentou-se em 2005 como professor titular e emérito da UFSCar. Atualmente, continua atuando como Professor Visitante na Instituição da qual recebeu também o título de Professor Emérito.

Fundou, em 23 de março de 1988, o Laboratório Interdisciplinar de Eletroquímica e Cerâmica (LIEC), hoje  Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), do qual Longo é diretor. O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Publicou 1087 artigos internacionais, tem mais de 23.300 citações e orientou mais de 70 dissertações e teses. É membro da Academia Internacional de Cerâmica, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), e agora foi agraciado pela Ordem Nacional do Mérito Científico e Tecnológico, na classe de Comendador. “É uma grande honra receber esta homenagem, reconhecimento o qual compartilho com toda a equipe da CDMF”, disse Longo.

Professor Elson Longo recebendo os cumprimento do Presidente da República.

Na cerimônia, o presidente da República, Michel Temer, destacou que a ciência é uma atividade que exige “talento, estudo e perseverança”. Ele ressaltou ainda que ela representa um “poderosíssimo instrumento de progresso” para o país. “A história dos aqui agraciados é de conquistas que devem inspirar a todos. A sociedade só tem a ganhar com as ideias e propostas dos cientistas”, afirmou.

Na ocasião, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações,  Gilberto Kassab, destacou a importância do setor para o desenvolvimento do país. “Esse é um momento muito especial. Ele restabelece uma justa premiação que o Brasil faz para os expoentes das nossas pesquisas que são referentes no mundo inteiro”.

As contribuições “que essas personalidades prestaram a nossa sociedade são de enorme importância para o país”, reiterou o secretario Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTIC, Álvaro Prata.

O ministro da Educação, Rossieli Soares, disse que “é sempre um passo importante reconhecermos todas as pessoas que ajudam a transformar a nossa sociedade. Na educação, temos o Mérito Educacional e, na área científica, temos esta Ordem, que reconhece os melhores cientistas de todas as áreas que atuam em todo o Brasil, e também cientistas que estão inseridos na própria educação. Não existe ciência sem pesquisa”, disse o ministro, que também é membro do Conselho da Ordem.

Ordem Nacional do Mérito Científico e Tecnológico

A Ordem Nacional do Mérito Científico e Tecnológico foi instituída pelo Decreto nº 772/1993 e se tornou a mais importante condecoração do setor público na área científica e tecnológica. Ela destina-se a homenagear personagens que tenham prestado relevantes contribuições à ciência e se destacado por suas qualidades intelectuais, acadêmicas e morais.

A outorga das medalhas está sendo retomada depois de cinco anos. A última cerimônia deste tipo aconteceu em 2013, com a condecoração de agraciados definidos em 2010.

Os condecorados deste ano foram escolhidos por uma comissão técnica constituída por nove membros designados pelo chanceler, pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) e pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O grupo selecionou pesquisadores nas áreas de ciências biológicas, biomédicas, da terra, matemáticas, agrárias, química, matemática, da saúde, sociais e humanas, tecnológicas e engenharias.

Cerimônia de premiação realizada no Palácio do Planalto

Há ainda as categorias personalidades nacionais ou estrangeiras, destinadas a premiar pessoas que, embora não sejam cientistas, tenham contribuído para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia no Brasil.

Os membros da Ordem recebem diploma e um conjunto de peças que compõem as insígnias, que podem ser dos graus Grã-Cruz e Comendador. A Ordem Nacional do Mérito Científico e Tecnológico também concede medalha de prata a órgãos e entidades públicas e privadas que tenham prestado serviço de relevância no campo da ciência, tecnologia e inovação.

Além do presidente da República, dos ministros da Educação e do MCTIC, participaram da cerimônia os ministros das Relações Exteriores, Aloysio Nunes; da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge; e do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Veja aqui aqui todos os agraciados com a Ordem do Mérito Científico de 2018.

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