CDMF apresenta resultados do aplicativo MetA-SP na Secretaria da Educação

reunião acontece na Coordenadoria de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional

O diretor do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), Elson Longo, participa nesta sexta-feira (6) de reunião na Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, na Coordenadoria de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional, para apresentar os resultados altamente positivos obtidos com o aplicativo  MetA-SP, desenvolvido pela parceria entre o CDMF — sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e que conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) –, a Diretoria Regional de Ensino de São Carlos e a Aptor Software, empresa gerada a partir do CDMF (spin off).

A rede estadual de Educação de São Carlos e região está implementando com êxito um projeto pioneiro de realização em meio digital – tablets e celulares – da chamada “Avaliação de Aprendizagem em Processo” (APP), promovida pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo junto às escolas de Ensino Fundamental e Médio para acompanhamento dos estudantes e consequente subsídio à progressão de aprendizagens ainda não consolidadas.

Depois da aplicação exitosa da primeira prova digital com a utilização do aplicativo MetA-SP – em etapa piloto – no mês de maio, para cerca de 8 mil estudantes de 15 escolas dos sete municípios que compõem a região de São Carlos, em agosto os estudantes da região tiveram acesso à avaliação digital pelos sistemas android e IOS, também disponível na versão web. Com o aperfeiçoamento, a prova pode ser acessada através dos computadores das salas de informática das escolas.

Nessa etapa de testes, em agosto, cerca de 10 mil alunos de escolas estaduais da região realizaram avaliações com o auxílio do aplicativo. A equipe de aplicação e acompanhamento foi composta por pesquisadores, alunos de pós-graduação e graduação do CDMF, técnicos da Aptor, professores e técnicos das escolas e da Diretoria Regional de Ensino de São Carlos.

Projeto pioneiro

Elson Longo destaca que se trata de um projeto pioneiro e inovador, aliando tecnologia à educação, com sustentabilidade e economia.  “O objetivo é substituir a prova de Avaliação de Aprendizagem em Processo feita em papel para ambiente virtual (celular computador). O aplicativo teve excelente aceitação dos estudantes e professores. Agora vamos apresentar este projeto inovador com sustentabilidade e economia, alinhado com o Programa São Paulo Sem Papel, à Secretaria da Educação, visando a implantação na rede estadual de ensino”, disse Longo.

De acordo com estimativas feitas pela Aptor, na aplicação de uma prova com 13 páginas (impressão colorida), duas vezes por ano, para 3,9 milhões de alunos da rede estadual, seriam gastas 101,4 milhões de folhas de papel, a um custo para o Estado de R$ 152 milhões por ano. Além dessa economia, o uso do aplicativo representaria também a preservação de 10.140 árvores e 1 bilhão de litros de água.

A dirigente regional de Ensino de São Carlos, Débora Gonzales Costa Blanco, disse que além de reduzir o impacto ambiental e o custo financeiro há outros benefícios. “Pensamos também no tempo precioso do professor, já que todo o processo de correção das provas e sistematização dos resultados poderá ser automatizado”.

“Podemos dizer que esta parceria começou junto com o nosso centro de pesquisa, quando aplicávamos uma olimpíada de Química, Física e Matemática. Há 12 anos, idealizamos o projeto Ludo Educativo para buscar qualificar o universo dos jogos eletrônicos, permitindo o aprendizado durante o jogo, e foi a experiência do Ludo que nos permitiu agora desenvolver o aplicativo”, relata Longo.  O Ludo Educativo é um projeto desenvolvido em parceria com a Aptor Software, que já conta com mais de 80 jogos e é um dos portais de jogos educativos mais acessados do País.

Escola para o Século XXI

A partir da demanda da Diretoria de Ensino, a empresa desenvolveu o aplicativo considerando vários fatores como, por exemplo, a questão da segurança e, também, a disponibilidade de acesso à Internet. “Há uma fase inicial online, em que o aluno baixa a prova no seu dispositivo e se identifica, com posterior validação dessa identificação pelo professor, com uma senha. A partir daí, a prova pode ser realizada sem a necessidade da rede, que volta a ser necessária para a transmissão dos dados, mas se o estudante sair do aplicativo isso é detectado”, explica Marcelo Petrucelli, da Aptor.

“Tudo está sendo realizado com muito cuidado, em etapas, para termos a máxima segurança e podermos dar a nossa melhor contribuição à modernização da escola e, assim, também contribuirmos com a universidade, que receberá alunos melhor preparados no futuro”, afirma Elson Longo. “Esta iniciativa integra nossos esforços de levar a escola para o século XXI, onde os nossos alunos já estão. Com o seu desenvolvimento, estamos em total consonância com o programa ‘Inova Educação’, recém-lançado para implantação em 2020 pela Secretaria Estadual de Educação. Nele, o eixo Tecnologia é muito forte, justamente nessa perspectiva que considera os desafios colocados pelo século XXI”, conclui Débora Blanco.

CDMF

O CDMF, dirigido pelo professor da UFSCar Elson Longo da Silva, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).

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O Laboratório Aberto de Interatividade para Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico (LAbI), vinculado à Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), é voltado à prática da divulgação científica pautada na interatividade; nas relações entre Ciência, Arte e Tecnologia.