O pesquisador de pós-doutorado e integrante do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), Ricardo Tranquilin, desenvolve atualmente pesquisas sobre a aplicação dos métodos de síntese ‘hidrotermal assistido por micro-ondas’ e o ‘spray pirólise ultrassônico’. O trabalho é realizado sob supervisão de Elson Longo, professor do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (DQ – UFSCar) e diretor do CDMF.
Tranquilin explica que o principal aspecto do seu trabalho é que utilizando o micro-ondas e spray pirólise, como métodos de obtenção, é possível convergir diferentes formas ou morfologias para um mesmo material, conseguindo ressaltar suas propriedades.
“O hidrotermal assistido por micro-ondas é um método que através da alta radiação eletromagnética converte energias rotacionais e vibracionais em energia térmica, a qual é necessária para formação, crescimento e cristalização dos materiais. Já o spray pirólise consiste em atomizar ou nebulizar uma solução que contém os materiais de partida para síntese e convertâ-la, com o ultrassom, em uma névoa de gotículas, que ao passar por tratamento térmico sofre alguns fenômenos físico-químicos, como a evaporação dos solventes, por exemplo”, esclarece o pesquisador.
Os elementos estudados por Tranquilin com os métodos de síntese são os molibdatos, de Bário e de Cálcio, dopados com elementos terras raras e ferritas.
“Algumas propriedades obtidas com esses materiais podem ser utilizadas tanto na área fotocatalítica, onde podemos testar o material como um combatente da poluição hídrica, por exemplo, como um emissor de luz branca para dispositivos eletrônicos e, até mesmo, como sensores para gases tóxicos, como ocorre com as Ortoferritas”, explica o pesquisador.
Tranquilin ressalta ainda, que a parceria entre o CDMF e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, através do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMat), tem sido fundamental para o avanço das pesquisas com o método de método de spray pirólise ultrassônico, sendo utilizados nas pesquisas dos pesquisadores Mauricio Bomio, Fabiana Motta, Carlos Pasckocimas e Claudio Almeida, todos professores da UFRN, e alunos da Pós-graduação.
