Novo dispositivo biossensor detecta espécies químicas e biológicas
Agência FAPESP * – Um novo dispositivo biossensor versátil e de baixo custo desenvolvido no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) tem potencial para ser usado em testes de diagnóstico rápido da COVID-19.
O CDMF está sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP.
A tecnologia foi desenvolvida pela pesquisadora Glenda Biasotto, pós-doutoranda do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e integrante do CDMF. Biasotto é a autora principal do artigo Graphenic Aerogels Decorated with Ag Nanoparticles as 3D SERS Substrates for Biosensing publicado na revista científica Particle & Particle Systems Characterization.
O artigo relata o desenvolvimento do dispositivo, que foi criado por substrato Raman, à base de um aerogel composto de óxido de grafeno reduzido decorado com nanopartículas de prata, que é sensível e específico para a detecção e quantificação confiável de espécies químicas e biológicas.
Em entrevista para a assessoria do CDMF, a pesquisadora explica que o óxido de grafeno pode ser reduzido e suas propriedades condutoras restauradas por meio de tratamento térmico, hidrotérmico ou da redução química, usando reagentes como ácido L-ascórbico, bissulfito de sódio, boro-hidreto de sódio e hidrazina.
O trabalho desenvolvido resultou em um novo aparato biossensor, versátil e de baixo custo, de acordo com a pesquisadora.
“A plataforma mostrou alta sensibilidade em testes, com promissores resultados para utilização na atual pandemia. Portanto, os próximos passos da pesquisa serão focados na aplicação do dispositivo para testes de diagnóstico rápido da COVID-19”, comenta Biasotto.
CDMF
O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).