“Current trending and beyond for solar-driven water splitting reaction on WO3 photoanodes” é um estudo do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) que foi recentemente publicado no periódico Journal of Energy Chemistry. O artigo trata de uma revisão detalhada dos estudos mais recentes sobre as estratégias utilizadas na síntese e na modificação de filmes de WO3 (óxido de tungstênio) aplicados à water splitting solar, ou seja, o processo de separação da água (H2O) em oxigênio (O2) e hidrogênio (H2) com auxílio da luz solar.
Isso significa que o WO3 pode ser usado como uma parte fundamental no processo de produção de um combustível limpo, como o hidrogênio, sem emitir poluentes na atmosfera provenientes da queima de combustíveis fósseis, como acontece com o carvão e o petróleo. A pesquisa publicada visa relatar as tendências gerais dos recentes estudos na literatura e ajudar outros pesquisadores a buscarem informações de uma forma mais organizada e rápida.
Magno Costa, doutorando em Físico-Química pela UFSCar e primeiro autor do estudo publicado, explica que para nortear o leitor, o trabalho foi organizado em dois tópicos principais, sendo um deles voltado para discussão acerca do WO3 puro e o outro modificado com diferentes materiais.
“Para os filmes de WO3 puro, essas estratégias podem ser resumidas em influência da morfologia, controle do crescimento do plano cristalino e engenharia de defeitos, enquanto que para os filmes de WO3 modificados são a dopagem, modificação de superfície, homo e heterojunção”, conta.
Além disso, no início de cada seção do trabalho é possível ter acesso a uma breve introdução do fundamento teórico de cada uma das estratégias relatadas; e ao final, são organizados os principais resultados da seção em tabelas informativas para que comparações possam ser feitas de forma mais coerente.
“A intenção central do nosso trabalho é organizar e informar resultados de outras pesquisas sobre a síntese e o designer de filmes de WO3 aplicados à water splitting solar para que novas pesquisas sejam desenvolvidas de maneira mais aprimorada e tragam melhores resultados à comunidade”, aponta Costa.
Também contribuíram com a pesquisa os pesquisadores do CDMF Moisés A. de Araújo, Marcos V. de Lima Tinoco, Juliana F. de Brito e Lucia H. Mascaro.
CDMF
O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).
