Um artigo com participação de Luiz Fernando Gorup, pesquisador do CDMF, foi publicado em abril na revista científica International Journal of Biological Macromolecules. Intitulado “Magnetic carbon nanotubes modified with proteins and hydrophilic monomers: Cytocompatibility, in-vitro toxicity assays and permeation across biological interfaces”, o trabalho aborda a síntese e caracterização de nanotubos de carbono magnéticos (M-CNTs) para potenciais aplicações em sistemas de entrega de medicamentos e suportes teciduais.
“Nossa pesquisa investigou dois tipos de funcionalização dos M-CNTs: cobertos com albumina sérica bovina (M-CNTs-BSA) e funcionalizados com monômeros hidrofílicos (M-CNTs-HL), e sua interação com células”, explicou Gorup.
Os materiais foram utilizados em diferentes concentrações para avaliação de citotoxicidade, metabolismo celular, estresse oxidativo, apoptose e capacidade de cruzar barreiras biomiméticas. Os resultados mostraram que M-CNTs possuem citotoxicidade moderada, mantendo a integridade celular e que podem permear através a membrana biomimética com e sem o uso de um campo magnético externo. Os M-CNTs funcionalizados na superfície foram eficazes na prevenção da indução do processo necrótico em células Caco-2 e foram favoráveis à permeação através da barreira de monocamada.
De acordo com Gorup, “esta pesquisa fornece insights cruciais sobre o impacto das modificações de superfície no comportamento dos nanotubos e nas interações celulares”. O pesquisador destacou a importância das informações obtidas para futuras aplicações biomédicas.
Assinam o artigo também Mariana Azevedo Rosa, Andreia Granja, Cláudia Nunes, Salette Reis, Ana Beatriz Santos da Silva, Ketolly Natanne da Silva Leal, Marco Aurélio Zezzi Arruda, Mariane Gonçalves Santos, Marcos Vinicios Salles Dias e Eduardo Costa Figueiredo.
CDMF
Com sede na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e dirigido pelo Prof. Dr. Elson Longo, o CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).
