Experimento obtém filmes de multicamadas por eletrodeposição

Artigo publicado na Materials Advances aponta caminho promissor para obtenção de hidrogênio com uso de energia solar

Um artigo publicado em julho no periódico Materials Advances descreve a obtenção de filmes de multicamadas que poderão eventualmente ser aplicados como fotoeletrocatalisadores para obtenção de hidrogênio a um custo baixo.

Os pesquisadores utilizaram nanoestruturas de óxido cúprico do tipo p (p-CuO) combinadas com óxido cuproso do tipo n (n-Cu2O) e monossulfeto de cobre (CuS) como fotocátodos para a reação de separação da água. 

A fabricação envolveu a deposição de cobre em substratos por eletrodeposição, seguida de anodização para gerar nanoagulhas de hidróxido de cobre (II) — Cu(OH)2 — que foram transformadas em nanofios de óxido de cobre (I) (Cu2O) por meio da técnica de recozimento. Depois, partículas de Cu2O e CuS foram depositadas por eletrodeposição (imersão do material ser revestido em uma solução eletrolítica com ânions) e pelo método de adsorção de camada iônica e reação sucessivas (SILAR, que é a imersão alternada do material em uma determinada solução e em água deionizada).

A fotocorrente nos filmes do tipo CuO/Cu2O/CuS foi alta, o que, associado à facilidade demonstrada para a produção desses filmes e ao baixo custo do processo, indica se tratar de um material promissor para uso nos processos de produção de hidrogênio com energia solar.

O artigo “Enhanced photoelectrochemical water splitting using nanostructured films: p-CuO sensitized with polyhedral n-Cu2O particles and CuS as photocathode” é assinado por Hugo Leandro Sousa Santos, pesquisador do Departamento de Química da UFSCar, e Lucia Helena Mascaro, professora no mesmo departamento, coordenadora de pesquisa do CDMF e pesquisadora do CINE (Centro de Invocação em Novas Energias).

CDMF

Com sede  na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e dirigido pelo Prof. Dr. Elson Longo, o CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).

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