1ª Olimpíada “A Física em 1 minuto” da UFGD contou com membros do CDMF

Pesquisadores do CDMF organizam e apóiam a iniciativa da UFGD para estudantes de escolas públicas da rede básica

A primeira edição da Olimpíada “A Física em 1 minuto” – desafio em vídeos, voltada a estudantes de Ensino Médio da rede pública do Centro Oeste ocorreu durante o segundo semestre de 2016 na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Mato Grosso do Sul, contando com a organização e idealização de dois integrantes do CDMF – O Professor Antonio Carlos Hernandes, coordenador de Difusão do Centro e a coordenadora do LaDiC/CCMC (Laboratório de Difusão Científica do Grupo de Pesquisa Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos do Instituto de Física de São Carlos, USP) e também Professora da UFGD, Ariane Baffa Lourenço, além dos Professores Andre Luis de Jesus Pereira e André Luiz Martinez (ambos da UFGD), que também integraram a comissão organizadora.

A Olimpíada é um projeto de extensão de Física da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia da UFGD, em parceria com o Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Universidade de São Paulo (USP) e do CDMF. A idéia nasceu a partir da experiência da Professora Ariane nas ações de Difusão do CMDMC e CDMF juntamente ao Prof. Hernandes.

O evento teve por objetivo contribuir para a melhoria do ensino de ciências em escolas públicas da cidade de Dourados (MS) e região e despertar o interesse de alunos para as carreiras científicas com o desafio proposto em vídeos: estudantes de Ensino Médio tinham como missão gravar um vídeo sem apoio de nenhuma empresa ou profissional da área de comunicação abordando cientificamente um dos dois temas: “Física na agricultura” ou “A luz e suas aplicações”. Para participar, as escolas deveriam inscrever seus alunos com o apoio de um Professor responsável. Foram utilizados como critérios para avaliar a produção dos alunos os conceitos físicos relacionados ao tema e o material final.

Os três melhores trabalhos de cada uma das séries do Ensino Médio foram premiados, além do melhor trabalho de cada escola participante. A cerimônia de premiação ocorreu no mês de outubro de 2016, durante a abertura do IV Encontro de Física do Centro-Oeste (http://www.efco.esy.es/), contando com a presença do coordenador de Difusão do CDMF, Prof. Antonio Carlos Hernandes para a entrega dos prêmios aos estudantes. A premiação foi entregue aos seguintes alunos e professores:

1ºano

E.E. Fernando Corrêa da Costa Rio Brilhante

Professor Cléber Aparecido de Sousa Silva

Estudantes EDUARDO BRAGA e ANA LUIZA VARGAS

2ºano

E.E. Manoel Ferreira de Lima Maracaju

Professora Patrícia G. de Freitas Cervi

Estudantes FERNANDA DA SILVA MEIRA e MARCELYS DAYANE MARÇAL LANGE

3ºano

E.E. Senador Filinto Muller Fátima do Sul

Prof. Bruno Fiorinho

Estudantes BRUNA FLORES MACÁRIO e MARIA BEATRIZ MATOS

Experiência e Parceria na Difusão da Ciência

 Em 2002, a Professora da UFGD Ariane passava a integrar a equipe do Grupo de Pesquisa Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos como estudante de Iniciação Científica. À época, a estudante era uma das licenciandas do Curso de Ciências Exatas da USP e realizava sua pesquisa de IC sob a tutela da Dra. Maria Inês Basso Bernardi, na área de desenvolvimento de filmes finos dos compostos  RNIO3 (R=ND e ER), pelo método Pechini . Em 2003, graduou-se, escolhendo para lecionar a habilitação em Química.

Foi em 2004, entretanto, que o convite para desenvolver trabalhos associados à difusão e ensino de ciências veio do Prof. Hernandes, que desde o ano 2000 promove atividades deste cunho por ser coordenador de difusão científica do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDMC) e, atualmente do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF). Em meio a estes trabalhos, foram surgindo os temas de mestrado  ( Análise de mapas conceituais elaborados por alunos da oitava série do ensino fundamental a partir de aulas pautadas na teoria da aprendizagem significativa: a argila como tema de estudo – ano de obtenção: 2008) e doutorado de Ariane. Segundo ela, duas foram as principais motivações para a pesquisa desenvolvida em sua tese de doutorado (defendida em 2013): “O fato de eu ser egressa do curso de Licenciatura em Ciências Exatas, atuando na área de formação de professores através das disciplinas de tutoria que já ministrei, me motivaram a seguir neste caminho do preparo do licenciando. Foi a partir desses trabalhos em que acompanhei como era feita a preparação do futuro professor, que identifiquei pouca habilidade por parte deles em desenvolverem atividades numa perspectiva argumentativa, e percebi que este tema, quando trabalhado na formação inicial destes professores, pode modificar de modo muito positivo toda a sua futura trajetória profissional”, explicou.

Dentre os projetos que coordenou em parceria com o professor Antonio Carlos Hernandes, estão o Ludo Educativo, que tem tido grande repercussão por todo Brasil, a Olimpíada de Matemática, Física e Química, o projeto de Atividade de Investigação Científica, em que alunos da rede pública de ensino desenvolviam pré-iniciação científica na universidade, o projeto Um dia de Universitário, com visitas de estudantes do ensino médio à universidade e o Projeto Educacional em Materiais Cerâmicos, com cursos ministrados a alunos da rede pública de ensino.

Atualmente, Ariane é docente da FACET (Faculdade de Ciência e Tecnologia) da UFGD e mantém a parceria com o CDMF coordenando em conjunto com o Prof. Herandes o Laboratório de Difusão Científica (LaDiC) do CCMC  onde dirige estudos sobre o processo de ensino e aprendizagem que ocorre em suas ações de Difusão, nos contextos de sala de aula no ensino básico e nos cursos de formação de professores, em que se estuda o uso de Mapas conceituais e da Argumentação Científica na promoção da aprendizagem. Além disso, no LaDiC, investiga como se dá a orientação vocacional para as carreiras de Ciências, especialmente a Física, ocorridas em escolas do ensino médio.

Estudantes em conversa com Professor Hernandes do CDMF. 
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O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiados pela FAPESP. O Centro também recebe investimento do CNPq, a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).