Coordenador de Educação e Difusão do Conhecimento do CDMF é indicado para Reitoria da UFSCar

Adilson de Oliveira esteve à frente de chapa que, a partir de novembro, deve assumir a Administração Superior da Instituição

Terminou na última quarta-feira (5/8) pesquisa eleitoral realizada para obter a manifestação da comunidade universitária da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) sobre a equipe que deve gerir a Instituição a partir de novembro e pelos próximos quatro anos. A Chapa 2, denominada “Juntos pela UFSCar”, venceu em primeiro turno, com índice de 67% da preferência da comunidade, calculado a partir da obtenção de 712 votos de docentes (63,4% do total de votantes), 470 de técnico-administrativos (56,6%) e 6.387 de estudantes (85,3%).

A Chapa 2 é liderada por Adilson Jesus Aparecido de Oliveira no cargo de Reitor, acompanhado de Maria de Jesus Dutra dos Reis, como Vice-Reitora, e uma equipe composta por sete pró-reitores e outros sete pró-reitores adjuntos, além de dois diretores de campus. Oliveira, que é docente do Departamento de Física e foi Vice-Reitor da Universidade de 2012 a 2016, é Coordenador de Educação e Difusão do Conhecimento do CDMF. Além do Reitor, o grupo conta também com a participação de Ernesto Pereira, Coordenador de Inovação e Transferência de Tecnologia do CDMF, no cargo de Pró-Reitor de Pesquisa.

Junto à atuação como professor e pesquisador de Oliveira, destaca-se justamente sua trajetória como divulgador científico, reconhecida em 2019 com a primeira edição do Prêmio Ernesto Hamburger de Divulgação das Ciências Físicas, concedido pela Sociedade Brasileira de Física (SBF).

“Estamos muito motivados com os resultados da pesquisa, que mostraram com muita força e clareza o desejo da comunidade universitária para o futuro da UFSCar. Defendemos um projeto baseado nos princípios de compromisso, inclusão e excelência, significando também democracia, sensibilidade e conhecimento, e foi este o projeto escolhido”, registra o futuro Reitor. “No marco dos 50 anos da UFSCar, disse várias vezes ao longo da campanha que acredito estarmos iniciando agora um processo que será lembrado quando ela completar 150 anos. A UFSCar sempre foi protagonista no cenário de Educação e Ciência e Tecnologia, e precisa recuperar este lugar, pouco valorizado pela gestão nos últimos quatro anos”, avalia.

Neste sentido, dentre várias outras propostas, Oliveira destaca as ações previstas para o Instituto de Estudos Avançados e Estratégicos, já existente mas deixado de lado no último período, e de um instituto de difusão do conhecimento que deverá ser criado para aproximar universidade e sociedade, conhecimento científico e cotidiano de diferentes grupos populacionais. “A emergência da pandemia coloca ainda mais em evidência o lugar estratégico e todo o potencial da instituição universitária e do conhecimento científico. A comunidade da UFSCar se mobilizou rapidamente e já deu contribuições importantes, mas não tenho dúvida de que, com maior apoio institucional, este potencial pode se multiplicar infinitamente”, exemplifica o pesquisador, que atualmente também é Coordenador de Difusão do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE), outro centro de pesquisa de excelência apoiado pela Fapesp.

Na próxima semana, está previsto que o Conselho Universitário (ConsUni) da UFSCar se reúna para homologar os resultados da pesquisa e, também, encaminhar os procedimentos para constituição das listas tríplices a serem encaminhadas ao Governo Federal. Tradicionalmente, ao longo de toda a história da Universidade, o ConsUni respeitou a vontade da comunidade, considerando apenas a chapa vencedora para composição destas listas. “Nossa expectativa é que a democracia prevaleça, e que o colégio eleitoral respeite a manifestação de docentes, TAs e estudantes e a história democrática desta Instituição. Ao longo da campanha, foi cobrado o posicionamento dos candidatos em relação a este processo, e nós sempre dissemos que só aceitaríamos nosso nome na lista se fôssemos vencedores. Este é o momento da UFSCar passar ao País a mensagem de defesa dos processos democráticos que sempre a caracterizou”, enfatiza o futuro Reitor, que, junto com a sua equipe, deve tomar posse em novembro deste ano.

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