Artigo sobre tratamento para candidíase é publicado no International Journal of Pharmaceutics

Trabalho de Fiama Martins foi orientado por Emerson R. de Camargo

A química Fiama Martins, pesquisadora do Instituto de Física de São Carlos na Universidade de São Paulo, publicou recentemente o artigo “Chitosan-based sponges containing clotrimazole for the topical management of vulvovaginal candidiasis” no periódico International Journal of Pharmaceutics. O artigo é fruto do doutorado de Martins na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – período em que integrou o CDMF – e foi orientado por Emerson R. de Camargo, pesquisador principal no Centro. A pesquisa teve ainda colaboração internacional com Bruno Sarmento e José das Neves, pesquisadores portugueses do Instituto de Investigação de Inovação em Saúde da Universidade do Porto, em Portugal.

O trabalho descreve testes com diferentes formulações de esponjas produzidas à base de quitosana, sozinha ou associada ao poli(N-vinilcaprolactama), usadas para liberar o antifúngico clotrimazol para tratamento tópico da candidíase vulvovaginal, infecção extremamente comum no trato genital feminino. Foram avaliadas as propriedades físico-químicas das esponjas, a liberação da droga, a citotoxicidade e a atividade antifúngica. As esponjas também apresentaram propriedades mecânicas adequadas à aplicação intravaginal, uma vez que é um material considerado confortavel na perspectiva da introdução no canal vaginal, favorecendo sua aceitação pelo público alvo. A presença do  poli(N-vinilcaprolactama) foi capaz de modular o perfil de liberação do fármaco. Os resultados foram promissores, com as esponjas demonstrando baixa toxicidade e alta eficácia, demonstrando o potencial de aplicação dessas novas formulações para atuar no tratamento de candidiase vulvovaginal. 

CDMF

Com sede  na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e dirigido pelo Prof. Dr. Elson Longo, o CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).

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