LaDiC/CCMC/CDMF promove debate científico entre estudantes de Escola Estadual

Problemas ambientais decorrentes das ações antrópicas foram tema do debate

Cerca de 80 estudantes do 9º ano da Escola Estadual Prof. Sebastião de Oliveira Rocha (EESOR) da cidade de São Carlos participaram nos últimos dias de um debate científico promovido pelo Laboratório de Difusão Científica (LaDiC/CCMC/IFSC/USP), que está desempenhando na referida escola uma das atividades de Difusão Científica do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF/FAPESP). A atividade foi proposta por Amanda Murgo, educadora do LaDiC como uma das etapas do minicurso “História da Ciência, Meio Ambiente e Energia – as demandas por energia no decorrer da História”, sob a supervisão do Prof. Antonio Carlos Hernandes (CCMC/IFSC/USP).

Em um trabalho conjunto com a professora de sociologia da EESOR, Ana Luiza Araujo Siqueira, o debate foi organizado pela educadora Amanda Murgo com o intuito de fomentar nos estudantes que estão participando do minicurso a visão crítica e imparcial da ciência, na análise dos argumentos que reforçam como a ação antrópica tem promovido grandes alterações ambientais e também analisando os argumentos contrários, que defendem que as ações humanas não tem grande efeito no curso dos problemas ambientais que tomam conta do cenário na atualidade.

Os estudantes receberam das educadoras diversos materiais para poderem preparar seus argumentos no decorrer do debate. Duas semanas foram dedicadas pelos estudantes à pesquisa e leitura atenta dos materiais selecionados pelas educadoras, cabendo aos estudantes o estudo dos termos científicos e das teses defendidas por cientistas que dedicam-se a analisar quais efeitos o modo de vida da atualidade, os processos industriais e a grande demanda por energia de nossos tempos tem nas devastações ambientais de ordem global.

Separados em grupos, os estudantes então puderam começar suas exposições posicionando-se sobre problemas ambientais e suas causas tais como: alterações dos processos climáticos, poluição atmosférica e problemas de saúde, mudança do uso no solo e alterações climáticas na Amazônia, mudanças climáticas e doenças infecciosas, agravamento do efeito estufa decorrente da queima de combustíveis fósseis para geração de energia na indústria e no setor de transportes.

A educadora Amanda avaliou: “A proposta elaborada teve um objetivo muito claro: promover a argumentação científica entre os estudantes, orientando-os a pesquisar mais sobre as duas posições (tanto os que defendem que as ações humanas tem tido grande protagonismo nas mudanças ambientais quanto os que defendem o contrário). A partir de então, naturalmente, os alunos puderam aprofundar o conhecimento científico ao irem pesquisar os termos abordados nos materiais, e além, compreenderem contextos históricos e geográficos relacionando-os com seus hábitos cotidianos quando pensamos na nossa grande necessidade de energia. A comunicação também foi exercitada, visto que tiveram que se colocar, aprendendo, também, como construir uma fala mais clara e articulada, organizando o raciocínio e levando em conta o estudo do material e os temas trabalhados até então no minicurso.”

Segundo Amanda Murgo, nas próximas aulas do minicurso que seguirão até a primeira semana de dezembro, a História da Ciência tomará ainda mais corpo abordando as demandas por energia nos diferentes períodos, da Pré-História aos dias atuais, contextualizando, principalmente, como as grandes alterações ambientais passaram ser intensificadas após a Era Industrial. 

Assessoria de Comunicação: Grupo de Pesquisa Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos (CCMC/IFSC/USP/CDMF)

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