Tese de pesquisadora do CDMF aborda a obtenção de materiais biocompatíveis para o tratamento de candidíase vulvovaginal

Estudo foi desenvolvido em parceria com a Universidade do Porto

Na última quarta-feira, 14, a pesquisadora Fiama Martins Cutrim, integrante do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), defendeu sua tese de doutorado intitulada “Gels and Sponges Nanocomposites Based in Chitosan, Poly(N-vinylcaprolactam) and SiO2 Applied as Drug Delivery System”. 

O trabalho foi orientado por Emerson R. Camargo, membro do CDMF. Também contribuíram com os resultados do estudo os pesquisadores Bruno Sarmento e José das Neves, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto  (i3S), em Portugal, onde foram desenvolvidos os ensaios biofarmacêuticos.

Uma das grandes motivações do trabalho foi a obtenção de materiais biocompatíveis para atuar como sistema de liberação de medicamentos para o tratamento de candidíase vulvovaginal (CVV). A CVV é uma infecção que afeta 75% das mulheres em idade fértil pelo menos uma vez na vida. 

“Como resultados, obtivemos materiais à base de quitosana e Poli (N-Vinil caprolactama) que apresentaram biocompatibilidade in vitro, mantiveram a atividade anti-candida do fármaco testado e apresentaram perfis de liberação controlada ao longo de 24 horas. Esses resultados mostram-se promissores para a aplicação destes materiais como sistemas de entrega de medicamentos”, explicou Cutrim, agora doutora pelo Programa de Pós-graduação em Química da UFSCar (PPGQ – UFSCar). 

A banca examinadora foi composta pelas professoras Simone Milani Brandão (UFSCar), Dayane Batista Tada (UNIFESP), Tatiana Santana Ribeiro (UFSCar – Campus Araras) e Caio Sampaio (UNESP).

CDMF

Com sede  na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e dirigido pelo Prof. Dr. Elson Longo, o CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).

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