Pesquisa com potencial desenvolvimento de novos materiais para óptica inicia segunda etapa no CCMC

Crescimento de fibras monocristalinas de titanato de estrôncio: um estudo da fotocondutividade persistente para aplicações ópticas

O Grupo de Pesquisa Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos (CCMC) do IFSC-USP receberá até o dia 11 de março o Professor Jorge Enrique Rueda Parada, Diretor do Grupo de Óptica Moderna da Faculdade de Ciências Básicas, Departamento de Física da Universidade de Pamplona, Colômbia. Durante sua estadia no CCMC, o professor colombiano dará continuidade ao projeto de parceria com o docente do CCMC, Professor Antonio Carlos Hernandes, intitulado “Crescimento de fibras monocristalinas de titanato de estrôncio: um estudo da fotocondutividade persistente para aplicações ópticas”.

O objeto de investigação do Professor Jorge baseia-se no crescimento de novos cristais com ponto de fusão acima de 2000°C: “Parte deste projeto de pesquisa tem em vista o crescimento de material cristalino preparado a partir de uma técnica que utiliza um laser de CO2 para alcançar os processos de fusão de alta potência para as condições de crescimento de cristais ou aglomeração, no caso de produtos cerâmicos avançados. Na primeira etapa do trabalho, obtivemos fibras com fotocondutividade persistente, e por outro lado, um estudo sobre a termodinâmica do sistema LHPG, em que obtivemos um novo modelo para estimar a qualidade ótica da fibra.”

Rueda Parada também apontou-nos alguns potenciais de aplicação que o estudo desenvolvido em parceria com CCMC pode ter. O professor, que se dedica a pesquisas em óptica na Colômbia destaca ser possível, no futuro, o desenvolvimento de memórias holográficas, foto-sensores e geradores de dispositivos foto-FEM. O pesquisador explica: “Estamos falando, por exemplo, de dispositivos de armazenamento não-convencionais, onde a informação é transmitida por ondas de luz e gravada no dispositivo de cristal; estas informações podem ser gravadas, lidas e deletadas por ondas de luz. No caso do foto-FEM, utilizando fibras com fotocondutividade persistente estamos imaginando um acumulador de energia elétrica que dure um grande período apenas com a iluminação do material durante alguns minutos. Quando se suspende a luz, o dispositivo inicia a geração de energia elétrica de forma contínua”, observou.

Durante este período em que o pesquisador ficará no CCMC, a segunda etapa do projeto de pesquisa terá em vista cumprir as seguintes atividades: crescimento e caracterização no efeito da fotocondutividade persistente em novas fibras monocristalinas de titanato de estrôncio, estudos e projeção das aplicações ópticas destas novas fibras de titanato de estrôncio para serem desenvolvidas no laboratório do Grupo Óptica Moderna, elaboração de artigos para publicação internacional dos novos resultados e o dimensionamento de projetos futuros.

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