A pesquisadora integrante do Centro de Desenvolvimento de Materiais (CDMF) e pós-doutoranda na Universitat Jaume I (UJI), Amanda Gouveia, teve seu trabalho “Modulating the properties of multifunctional semiconductors by means of morphology: Theory meets experiments” publicado na Computational Materials Science.
O estudo é fruto da participação de Gouveia como finalista da segunda edição do prêmio “Rising Stars in Computational Materials Science”, promovido pelo periódico publicado pela editora Elsevier.
No trabalho, os pesquisadores demonstram que as propriedades dos semicondutores são dependentes de suas superfícies, nas quais se formam a morfologia do material. Além de evidenciar tal dependência, a pesquisa também ressalta que o estudo teórico-experimental se mostra como uma ferramenta importante para a compreensão dessa relação.
Gouveia conta que, como metodologia da pesquisa, foram utilizados cálculos de superfícies associadas à construção de Wulff, com a finalidade de obter as diferentes morfologias que um mesmo semicondutor pode cristalizar-se. Também foi realizada uma análise detalhada dos diferentes tipos de clusters presentes em cada superfície exposta, a fim de se propor um mecanismo de ação para as propriedades fotocatalíticas e biocidas por meio da produção dos ROS (espécies reativas de oxigênio).
“Por outro lado, experimentalmente, os materiais foram sintetizados utilizando diferentes estratégias de síntese, com o objetivo de manipular as morfologias finais dos semicondutores. Tais estratégias vão desde o uso de diferentes solventes à utilização de surfactantes. O próximo passo da pesquisa é focar nas propriedades eletrônicas das diferentes superfícies e relacioná-las com a produção dos ROS”, explica a pesquisadora.
Também são autores do estudo os pesquisadores Lourdes Gracia, Elson Longo, Miguel A. San-Miguel e Juan Andrés.
O artigo pode ser acessado no repositório do CDMF clicando AQUI.
CDMF
O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).