CDMF recebe visita de pesquisadores argentinos para ampliação de parcerias científicas

Cientistas apresentaram técnica de pesquisa

O Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) recebeu, na última terça-feira (06), a visita de pesquisadores argentinos como parte dos esforços de ampliação de parcerias entre os centros de pesquisas envolvidos. Na ocasião, os pesquisadores Alberto Somoza e Carlos Macchi, vinculados ao Centro de Investigaciones en Física e Ingeniería del Centro de la Provincia de Buenos Aires (CIFICEN) e ao Instituto de Física de Materiales de Tandil (IFMAT), puderam conhecer as instalações do Centro, bem como alguns de seus pesquisadores e pesquisas que estão em andamento. O pesquisador visitante do CDMF Miguel Ponce, da Universidad Nacional de Mar del Plata (UNMdP) e do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET), também esteve presente.

No auditório I, como parte da visita, Macchi e Somoza, conduziram a apresentação de uma técnica de pesquisa disponível em seus laboratórios, a aniquilação de pósitrons, que pode ser aplicada em estudos do CDMF. Com a intenção de fomentar novas colaborações científicas entre os grupos, a técnica apresentada consiste em aplicar a antimatéria do elétron, o pósitron, na investigação de defeitos dentro do material, uma vez que o entendimento de tais defeitos são importantes para definir o tipo de propriedades que o material terá em determinada aplicação. A técnica apresentada pode ser utilizada tanto para materiais cerâmicos e metálicos quanto para polímeros. 

“O que apresentamos para os pesquisadores do CDMF é uma técnica que usa o antielétron, ao invés do elétron, como sonda para estudar o material. Então, essa sonda entra no material, a uma certa profundidade, e o explora com o objetivo principal de encontrar defeitos. As informações encontradas pelo pósitron servem para entender quais os tipos de defeitos presentes e a sua quantidade. Desta forma, compreendemos como funciona a natureza do material e como podemos, a partir disso, manipular da melhor forma as propriedades que se deseja trabalhar”, explicou Macchi. 

Lucia Mascaro, coordenadora da Divisão de Pesquisa Básica do CDMF, acompanhou os pesquisadores argentinos e considerou o momento importante para estreitar a colaboração entre os grupos de pesquisa. “A visita possibilitou que os alunos do CDMF pudessem conhecer de perto a técnica apresentada e todas as suas potencialidades, bem como concedeu aos visitantes a oportunidade de conhecer as instalações do Centro e, desse modo, eles puderam ter a noção do que pode ser desenvolvido aqui”, afirmou Mascaro. 

Na ocasião também esteve presente o pesquisador Francisco Moura, vinculado ao Laboratório Interdisciplinar de Materiais Avançados da Universidade Federal de Itajubá (LIMAv – Unifei – campus Itabira). Moura já desenvolveu colaborações científicas com o grupo argentino e com o CDMF e aproveitou a visita para incentivar futuras interações científicas com ambos os grupos.

CDMF

O CDMF, sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).

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O Laboratório Aberto de Interatividade para Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico (LAbI), vinculado à Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), é voltado à prática da divulgação científica pautada na interatividade; nas relações entre Ciência, Arte e Tecnologia.