Compostos fotoluminescentes inéditos são obtidos através de parceria entre UFSCar/CDMF/FAPESP e UFRN

Descoberta possibilita o desenvolvimento de materiais multifuncionais

O pesquisador Elson Longo, diretor do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), é um dos autores do artigo intitulado “SrW(1-x)MoxO4 solid solutions: Modulation of structural and photoluminescent properties and white light emission” que será publicado  na edição de dezembro do periódico científico Optical Materials.

Para a realização do estudo, Longo conta que durante as pesquisas em laboratório os compostos inorgânicos SrWMoO4 foram sintetizados através do método micro-hidrotermal (MHM), que pode otimizar as morfologias do composto e diminuir o tempo de síntese. Desta forma, durante o processo de síntese foi obtida uma heteroestrutura de mobilidade estrôncio e tungstato de estrôncio. Essas novas heteroestruturas semicondutoras, por fim, apresentaram propriedades fotoluminescentes variadas, sendo que a qualidade da cor dos compostos e os parâmetros fotométricos foram estimados usando as funções de distribuição de energia espectral dos fósforos SrWMoO4. 

Uma vez que o ajuste na composição química permitiu produzir propriedades ópticas ajustáveis, foi observada uma transição nas características de emissão da cor (azul → amarelo → branco). “Esta versatilidade fotoluminescente, por sua vez, possibilita o desenvolvimento de materiais multifuncionais, além disso, as propriedades ópticas variáveis fazem deste sistema um competidor notável no mercado”, explicou Longo. 

Para o seu desenvolvimento, o estudo publicado contou com a colaboração dos pesquisadores Débora F. Dos Santos, Anderson A.G. Santiago e Maurício R.D. Bomio e  Fabiana Vilella da Motta, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Laura X. Lovisa, da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), e M. Siu Li, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC – USP).

CDMF

O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).

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