Pesquisadores do CDMF publicam artigo sobre estratégia para obter alfa-tungstato de prata em escala nanométrica com o uso de ácidos carboxílicos

Técnica pode ampliar as aplicações do material semicondutor

Uma pesquisa descrita em artigo publicado no periódico MDPI apresentou uma estratégia de síntese para redução do tamanho e modificação na morfologia do semicondutor alfa-tungstato de prata (α-Ag2WO4) por meio da utilização de diferentes ácidos carboxílicos. De acordo com a pesquisadora Lara Kelly Ribeiro, doutoranda do Laboratório Interdisciplinar de Eletroquímica e Cerâmica da Universidade Federal de São Carlos (LIEC – UFSCar) e primeira autora do artigo, a síntese do alfa-tungstato de prata em escala nanométrica é uma estratégia essencial para ampliar as aplicações desse semicondutor.

O LIEC é vinculado ao Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão apoiados pela Fundação do Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Nos experimentos, os pesquisadores realizaram síntese sonoquímica do α-Ag2WO4 com três ácidos carboxílicos (ácido tartárico, ácido benzoico, ácido cítrico) e investigaram as propriedades estruturais do material com foco na investigação do tamanho e da morfologia. O experimento com ácido cítrico foi o que apresentou melhores resultados de atividade fotocatalítica para a degradação da rodamina B, fazendo com que o alfa-tungstato de prata mantivesse 91% de de sua atividade catalítica mesmo após passar por quatro processos de reciclagem.

Ainda de acordo com Ribeiro, o principal impacto dos resultados desse artigo é que a metodologia utilizada pode ser empregada para a síntese de diversos semicondutores, não apenas o α-Ag2WO4.

Assinam o artigo Amanda Fernandes Gouveia, Francisco das Chagas M. Silva, Luís F. G. Noleto, Marcelo Assis, André M. Batista, Laércio S. Cavalcante, Eva Guillamón, Ieda L. V. Rosa, Elson Longo, Juan Andrés e Geraldo E. Luz Júnior, além de Lara Kelly Ribeiro, que menciona ainda o apoio de Içamira C. Nogueira nas discussões de alguns resultados.

O trabalho é uma parceria entre a Universidade Federal do Piauí, a Universidade Estadual do Piauí, a Universidade Federal de São Carlos e a Universidad Jaume I, na Espanha e conta com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fapesp.

CDMF

O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).

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